terça-feira, 13 de abril de 2010

leitura obrigatória


"— Não posso esquecer-me, porque os remorsos me avivam sempre n'alma a lembrança dessa fraqueza. A desgraça é má conselheira, e nos perturba e anuvia o espirito. Eu o amava, assim como o amo ainda, e cada vez mais... perdoe-me esta declaração, que é sem dúvida uma ousadia na boca de uma escrava.

— Fala, Isaura, fala sempre, que me amas. Pudesse eu ouvir de teus lábios essa palavra por toda a eternidade.

— Era um triste amor na verdade, um amor de escrava, um amor sem sorriso nem esperança. Mas a ventura de ser amada pelo senhor era uma idéia tão consoladora para mim! Amando-me o senhor me nobilitava, a meus próprios olhos, e quase me fazia esquecer a realidade de minha humilde condição. Eu tremia ao pensar que descobrindo-lhe a verdade, ia perder para sempre essa doce e única consolação que me restava na vida. Perdoe, meu senhor, perdoe à escrava infeliz, que teve a louca ousadia de amá-lo."
                                               
Capítulo XVII
A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães

                                                        olha sóó:  leia o livro

Enfim um livro da escola qe me serviu pra alguma coisa, me fazer chorar *--*
adooooro....

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